ATLAS - Cartografia Histórica
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»» Divisão Territorial

1801 a 2001

Este conjunto de cartas é o resultado de uma pesquisa sobre a aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) à História.
O trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e decorreu no âmbito de três projectos de investigação realizados em 1993-1996, 1998-2000 e 2002-2005.
Dada a profunda mudança na divisão administrativa do território de Portugal Continental ocorrida entre 1832 e 1836, nos dois primeiros projectos fomos confrontados com a impossibilidade de comparar dados referidos a unidades territoriais tão diferentes como as que existiam antes e depois daquela alteração.

O Sigma

A necessidade de resolver este problema, que constituía um obstáculo ao progresso do conhecimento em vários domínios da História, conduziu-nos à criação do Sigma - Sistema de Informação Geográfica e Modelação de Dados Aplicado à História de Portugal. O Sigma, através da utilização conjugada de uma base de dados relacional e de um SIG, permite não só registar, gerir e cartografar a informação relativa a qualquer dos anos abrangidos pelo sistema, como transpor essa informação - desde que disponível por freguesia - para outras datas e cartografá-la de acordo com unidades territoriais distintas das que serviram de base à recolha original dos dados. Em resumo, o Sigma soluciona os problemas de comparabilidade acima enunciados, recuando assim, de forma significativa, o âmbito das séries estatísticas disponíveis.

Metodologia e âmbito geográfico do Sigma

A metodologia de construção das cartas do Continente, entre 1801 e 1855, foi descrita em pormenor nos textos referidos na bibliografia a seguir indicada, baseando-se numa cartografia retrospectiva, partindo do mapa administrativo de 1991. Para os anos de 1864 a 2001 no Continente e para os arquipélagos da Madeira e Açores, a metodologia seguida foi semelhante a esta.
Contudo, a necessidade de corrigir lacunas e emendar erros existentes em todas as cartas de freguesia levou-nos a tentar reconstituir os limites destas unidades territoriais quando, entretanto, tinham sido incorporadas noutras ou quando as suas fronteiras suscitavam dúvidas. Assim, usando uma carta de lugares (polígonos), fornecida pelo Instituto Nacional de Estatística, e outra de localidades (pontos), elaborada pelo Instituto Geográfico do Exército e consultando algumas monografias de âmbito local e regional, foi possível redesenhar algumas freguesias.
No que diz respeito à cartografia da cidade de Lisboa a metodologia utilizada foi distinta e fica descrita nesta apresentação em História Urbana/Lisboa/Divisão Territorial.

Em 1997 o sistema só abrangia Portugal Continental e incorporava a cartografia administrativa e de fazenda de 1826 e administrativa de 1834 e 1842, desde a freguesia até à província.
Em 2000, foi alargado à divisão administrativa e religiosa de 1801 e administrativa de 1849 e 1855, continuando a cobrir só o Continente.
Em 2005 foram integradas no sistema as cartas de Portugal Continental de 1864 a 1911 e as dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Também em 2005, uma vez colmatadas as lacunas e resolvidos grande parte dos erros das cartas de freguesia, estas passaram a ser disponibilizadas neste site.
Entre 2005 e 2011 foram integradas no sistema as cartas de Portugal Continental e as dos arquipélagos dos Açores e da Madeira de 1920 a 2001. Entretanto, o sistema foi expandido de modo a abarcar toda a Península Ibérica, com cartas desde 1900 a 2001.

Limitações

Apesar da metodologia reconstitutiva ter possibilitado cartografar um maior número de freguesias e corrigir uma boa parte das lacunas existentes nas cartas de anos mais recuados, persistem algumas falhas que, provavelmente, só poderão ser ultrapassadas através de trabalhos de investigação de âmbito local.
Nos quadros seguintes apresentamos, para cada carta, a percentagem de freguesias que não foi possível cartografar. Para o Continente, na maior parte dos casos, corresponde a menos de 4% do total. As excepções são os anos de 1801, 1826 e 1834, relativos à divisão administrativa de Antigo Regime ou à transição para o mapa definido pelo regime liberal. Para as Ilhas as diferenças são ainda menos significativas. Contudo, chamamos a atenção para o facto de, apesar dessas freguesias não serem cartografadas, na esmagadora maioria dos casos, sabemos a freguesia ou freguesias em que foram incorporadas. Deste modo, foi possível fazer a sua identificação e localização aproximada nos vários mapas, tendo por referência as unidades de que passaram a fazer parte.

Continente

Ano da carta Total de freguesias não cartografadas,
mas localizadas
% não localizadas %
1801 4103 446 10,87 6 0,15
1826 4088 446 10,91 6 0,15
1834 4103 454 11,07 8 0,19
1842 3768 160 4,25 4 0,11
1849 3835 160 4,17 2 0,05
1855 3832 151 3,94 2 0,05
1864 3804 124 3,26 1 0,03
1867 3802 121 3,18 0 0,00
1878 3798 113 2,98 0 0,00
1890 3736 75 2,01 0 0,00
1900 3745 79 2,11 0 0,00
1911 3640 5 0,14 0 0,00

Ilhas

Ano da carta Total de freguesias não cartografadas,
mas localizadas
% não localizadas %
1840 164 1 0,61 0 0,00
1849 164 1 0,61 0 0,00
1855 164 1 0,61 0 0,00
1864 176 2 1,14 0 0,00
1867 172 1 0,58 0 0,00
1878 174 2 1,15 0 0,00
1890 177 2 1,13 0 0,00
1900 177 2 1,13 0 0,00
1911 175 2 1,14 0 0,00

Capacidades

O Sigma permite a elaboração de cartografia sem quaisquer constrangimentos do ponto de vista temático e em qualquer âmbito da divisão territorial.

Na transposição de dados entre anos distintos, ao nível do concelho, o sistema é bastante eficaz. Por exemplo, de 1801 para 1849, só não consegue reclassificar 0,2% da população total do continente.

Bibliografia

Silveira, Luís; Lopes, Margarida e Melo, Cristina Joanaz de - Mapping Portuguese Historical Boundaries with a GIS, in Boonstra, Onno; Collenteur, Geurt e Elderen, Bart van - Structures and Contingencies in Computerized Historical Research, Hilversum, Uitgeverij Verloren, 1995, pp. 245-252

Silveira, Luís Nuno Espinha da - Território e Poder. Nas Origens do Estado Contemporâneo em Portugal, Cascais, Patrimónia, 1997, pp. 137-140.

Equipas de investigação

Luís Nuno Espinha da Silveira (investigador responsável)
Cartas de Portugal Continental de 1826, 1834 e 1842: Margarida Lopes, Cristina Joanaz de Melo e Nuno Pousinho
Cartas de Portugal Continental de 1801 e 1849: Daniel Ribeiro Alves e Sofia Lucas Martins
Carta de Portugal Continental de 1855: Daniel Ribeiro Alves e Cristina Joanaz de Melo
Cartas de Portugal Continental de 1864 a 1911 e dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira: Daniel Ribeiro Alves (gestão da base de dados e cartografia); Nuno Lima e Pedro Machuqueiro

 

»» Memórias Paroquiais de 1758

Esta aplicação resulta da colaboração entre o Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e uma equipa da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, abaixo indicada.

O IAN/TT forneceu as imagens digitalizadas das Memórias Paroquiais e a equipa referida foi responsável pela sua disponibilização neste site.

As Memórias Paroquiais

As Memórias Paroquiais inserem-se num esforço de realização de inquéritos sobre o território, que vinha do começo do século XVIII. A sua execução continua o trabalho do Pe Luís Cardoso que, entre 1747 e 1751, publicou dois volumes do seu Dicionário Geográfico, que ficou incompleto. O projecto é retomado em 1758, com apoio do governo, sendo o questionário de base ampliado e dividido em 3 partes, contendo perguntas sobre a paróquia, a serra e o rio. O inquérito era dirigido aos párocos e a qualidade das respostas é muito diferenciada, dependendo do empenho e da capacidade de cada um dos eclesiásticos. A documentação é composta por 44 volumes manuscritos, compreendendo as respostas dos párocos e os resumos relativos a um conjunto de paróquias para as quais não existem "memórias".

Metodologia seguida na disponibilização

As imagens das Memórias Paroquiais são acessíveis a partir da carta de freguesias de 1758, existindo uma caixa de pesquisa que facilita a localização destas últimas a partir do respectivo nome. De forma a enquadrar as freguesias na divisão administrativa e religiosa da época, o utilizador pode sobrepor os vários níveis destas cartas às de freguesias. Se pretender verificar a evolução registada entre 1758 e 1991, pode também activar os distritos, concelhos e freguesias existentes neste último ano.

Na base desta aplicação está o SIGMA, Sistema de Informação Geográfica e Modelação de Dados Aplicado à História de Portugal, que tem vindo a ser desenvolvido, desde 1993, em vários projectos de investigação financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Limitações

Apesar da metodologia reconstitutiva ter possibilitado cartografar um maior número de freguesias e corrigir uma boa parte das lacunas existentes nas cartas de anos mais recuados, persistem algumas falhas que, provavelmente, só poderão ser ultrapassadas através de trabalhos de investigação de âmbito local.
Assim, para o ano de 1758, do total de freguesias do Continente (4073), não foi possível desenhar 423, ainda que saibamos a freguesia ou freguesias em que foram incorporadas. Deste modo, foi possível fazer a sua identificação e localização aproximada nos vários mapas, tendo por referência as unidades de que passaram a fazer parte.

Paróquias não identificadas: há ainda 14 paróquias de 1758 cuja correspondência com as de 1991 não foi possível efectuar. É provável que, hoje em dia, sejam simples lugares de outras freguesias. A lista das mesmas é a seguinte (entre parêntesis o concelho, comarca ou província a que pertenciam em 1758): Covide (Neiva), Escutelo (Bragança), Pedrógão (Coja), Real de Corvos (Neiva), Sabugal (Foz Côa), Santiago (Óbidos, Alenquer), Santíssimo Milagre (Santarém), S. Antão (Évora), São Julião (Santarém), São Lourenço (Santarém), Senhora da Orada (Coimbra), Sérvio (Miranda do Corvo), Valongo (Douro), Vila Real (Juromenha).

Carta de base

A carta de 1758 foi elaborada a partir da Carta Administrativa Oficial de Portugal relativa ao ano de 1991, publicada pelo Instituto Nacional de Estatística em formato vectorial, igualmente disponível neste site.

Equipa de investigação:

Luís Nuno Espinha da Silveira (investigador responsável)
Daniel Ribeiro Alves (gestão da base de dados)
Nuno Miguel Lima (recolha de informação e tratamento de imagens)
Ana Alcântara (recolha de informação e tratamento de imagens)

 

»» Demografia 1801, 2ª edição

Os dados que agora se publicam correspondem a uma nova edição do censo de 1801, contendo alterações significativas em relação ao que antes estava disponível neste site e ao que foi publicado em livro (ver abaixo, bibliografia, Silveira, Luís Nuno Espinha da (dir.) - Os Recenseamentos da População Portuguesa). De facto, a anterior edição baseava-se na documentação do Arquivo Histórico Parlamentar, adiante referida (ver fontes), a qual, essencialmente em relação ao bispado do Porto, era constituída por resumos muito incompletos das fichas originais do censo, apresentando lacunas importantes quanto às idades da população, ao sexo dos nascidos e falecidos, e à informação das faltas à desobriga, afectando 336 freguesias. Sobre os muitos esforços feitos, então, para resolver este problema, veja-se Silveira, Luís Nuno Espinha da (dir.) - Os Recenseamentos da População Portuguesa, p. 41, nota 2.
Felizmente, de forma quase casual, a documentação original em falta veio a ser posteriormente localizada no Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (ver fontes), permitindo a presente reedição. Com esta descoberta, o número de freguesias totalmente em branco diminuiu ligeiramente (de 134 para 117), mas foi possível, sobretudo, colmatar lacunas acima indicadas, pelo que os dados estão agora muito mais completos.

Estrutura da aplicação

Os dados do recenseamento encontram-se nas páginas sobre fogos, população e seu movimento e estrutura etária da população. As restantes páginas apresentam um conjunto de indicadores demográficos calculados a partir dessa informação.
As restantes páginas apresentam um conjunto de indicadores demográficos calculados a partir dessa informação.

Carta de base

Portugal Continental, 1801

Fontes

Arquivo Histórico Parlamentar, secção I e II, caixas 48, 104-108, 110 e 126

Mapa Geral da Povoação de Todo o Bispado do Porto, Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, 889

Normas de edição

Normas genéricas

Salvo indicação em contrário, constante destas normas e das notas disponíveis na aplicação, os dados foram recolhidos na documentação depositada no Arquivo Histórico Parlamentar (AHP) e no Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (IAN/TT) acima indicada.
Salvo indicação em contrário, também registada nas notas, nos campos numéricos, o algarismo 0 significa ausência de informação na fonte. Se a própria fonte usava o zero ou outra notação (por exemplo, a palavra nada), esse facto foi mencionado nas notas de freguesia.
Há 117 freguesias que estão totalmente em branco, correspondendo uma parte (69 freguesias) a 36 pequenos concelhos e 45 destas últimas freguesias indicadas a duas comarcas (Crato, no Alentejo, e Chão-de-Couce, na Estremadura). Constituem unidades territoriais para as quais não havia qualquer informação na documentação depositada no AHP e no IAN/TT. Contudo, as Táboas Topográficas e Estatísticas, 1801 (in Subsídios para a História da Estatística em Portugal, Vol. II, Lisboa, INE, 1948), publicam o número de fogos e o total de habitantes para 26 daqueles concelhos (sem discriminar os dados por freguesia) e, ainda, o total de homens, mulheres, nascimentos e óbitos para as duas comarcas (sem discriminar os dados por freguesia ou concelho). Para, de alguma maneira, colmatar as lacunas da documentação do AHP e do IANTT, resolveu-se publicar estes dados que surgem devidamente assinalados.

Informações omitidas

Nos originais, o cálculo dos habitantes masculinos ou femininos é obtido através da soma dos indivíduos correspondentes a cada um dos grupos etários, mais o número de nascimentos, menos o de óbitos. Por não nos parecer importante, quer quanto ao estudo da prática do cálculo, quer do ponto de vista demográfico, não registámos na base de dados a soma intermédia (idades+nascimentos).

Normas e esclarecimentos sobre campos específicos

Divisão administrativa

Os manuscritos deste censo indicam o nome da freguesia e o termo em que se situa, ou seja, o concelho a que a mesma pertence. Por sua vez, as Taboas Topográficas e Estatísticas, especificam os concelhos, comarcas e províncias existentes naquela data.
As informações do censo de 1801 foram recolhidas numa base de dados pré-existente, organizada por freguesias, concelhos, comarcas e províncias, segundo a divisão administrativa de 1826, posteriormente alterada de acordo com as fontes acima mencionadas (documentação do censo e Táboas).

As diferenças entre os dados que publicamos e as fontes, quanto à organização administrativa, estão registadas nas notas de freguesia. Dizem respeito, sobretudo, a um pequeno conjunto de paróquias para as quais havia dados individualizados nas fontes, mas que na nossa base de dados estavam juntas. Para não introduzir alterações na cartografia preferimos mantê-las agregadas e somar os respectivos dados.

Há ainda 5 freguesias que surgem nas fontes, mas que foi de todo impossível identificar. Não foram, por isso, incluídas na base de dados (ver quadro no final destas normas)

Habitantes H, M e total

Estes campos foram recalculados pelo computador e corrigidos. No entanto, em caso de divergência, os valores originais ficaram registados nas notas de freguesia.

Quando se refere a um concelho, comarca, província ou ao conjunto do país, o campo Habitantes total nem sempre corresponde à soma de Habitantes H e Habitantes M. Isto deve-se ao facto de haver freguesias para as quais não é conhecida a informação do número de indivíduos do sexo masculino ou feminino, ou de nascimentos ou óbitos por sexos, existindo, todavia, dados sobre o total de habitantes.

Faltas H e M

Dizem respeito aos homens e mulheres maiores de 7 anos de idade que não constam do rol da desobriga da freguesia, ou seja, aqueles que não cumpriram o preceito da confissão por altura da Quaresma.

Nascimentos total e Óbitos total

Com excepção das dioceses do Porto e Bragança, estes campos não existiam nas fontes e foram por nós calculados. No caso destes dois bispados, quando os cálculos divergiam dos valores das fontes, estes foram registados nas notas de freguesia.
Quando se referem a um concelho, comarca, província ou ao conjunto do país, estes campos nem sempre correspondem à soma, respectivamente, de Nascimentos H e Nascimentos M, Óbitos H e Óbitos M. Isto deve-se ao facto de haver freguesias para as quais é omissa a informação por sexos, mas não a do total.

Diocese

Os originais do censo de 1801 indicam a diocese a que cada freguesia pertencia. Em caso de ausência de informação ou de dúvida, consultou-se Fernando de Sousa - A População Portuguesa nos Inícios do Século XIX, Porto, 1979.

Motivo

Regista o motivo da falta à desobriga (ver Faltas H e M)

Observações (freguesia)

Este campo regista as anotações feitas nas próprias fontes por quem preencheu as fichas do recenseamento. Entre [...] estão algumas palavras por nós acrescentadas de forma a facilitar a compreensão do texto.

Notas (freguesia)

Notas por nós elaboradas com o objectivo de permitir ao utilizador o controlo da informação publicada. As notas registam todas as divergências entre os dados publicados e os que constam das fontes, a origem de algumas informações, quando não se trate da documentação original do censo, e esclarecimentos. Os elementos respeitantes a um determinado campo são precedidos do respectivo nome.

Freguesias constantes das fontes, não consideradas
(ver acima, esclarecimentos sobre a divisão administrativa)

Freguesia Orago Concelho Diocese
ALDEIA NOVA DA TEIXEIRA   GUARDA Guarda
ARNAIS S Marinha VIANA OU BARCELOS Braga
LAMAROZA   COIMBRA Coimbra
MOREIRAS DO VALE N Sª da Expectação CHAVES Braga
PENHAFEIA   GUARDA Guarda

Limitações

Não conseguimos cartografar os 13 concelhos a seguir indicados, formados por uma única freguesia. Contudo, algumas destas surgem na aplicação como parte integrante do território de outras freguesias, pois não foi possível individualizá-las. Os seus dados podem, assim, ser consultados ao nível da freguesia, mas não do concelho.

Concelhos não cartografados

Concelho Freguesia Comarca Província
ALBERGARIA Sª DO OUTEIRO BEJA ALENTEJO
ALTER PEDROSO Sª DAS NEVES AVIS ALENTEJO
CANAL Sª DAS RELÍQUIAS ÉVORA ALENTEJO
FRIEIRA S JOÃO MIRANDA TRÁS-OS-MONTES
LADARIO S SALVADOR VISEU BEIRA
OUGUELA Sª DA GRAÇA ELVAS ALENTEJO
PINHO VELHO S MARIA MONCORVO TRÁS-OS-MONTES
PÓVOA S JOÃO EVANGELISTA COIMBRA BEIRA
POVOS Sª DA ASSUNÇÃO RIBATEJO ESTREMADURA
SANCERIZ S CERIACO MIRANDA TRÁS-OS-MONTES
VALE DE NOGUEIRA S MARIA BRAGANÇA TRÁS-OS-MONTES
VILA FLOR S BARTOLOMEU PORTALEGRE ALENTEJO
VILA FRANCA S BENTO BRAGANÇA TRÁS-OS-MONTES

Bibliografia

Silveira, Luís Nuno Espinha da (dir.) - Os Recenseamentos da População Portuguesa de 1801 e 1849. Edição Crítica, Lisboa, Instituto Nacional de Estatística, 2000

Equipa de investigação

Luís Nuno Espinha da Silveira (investigador responsável e cartogramas)
Daniel Ribeiro Alves
Sofia Lucas Martins

 

»» Demografia 1849

Estrutura da aplicação

Os dados do recenseamento encontram-se nas páginas sobre fogos, população e seu movimento; estado civil - Lisboa; estrutura etária da população - Lisboa; população menor e maior de 7 anos - Guarda e população menor de 7 anos - Santarém.

As restantes páginas apresentam um conjunto de indicadores demográficos calculados a partir dessa informação.

Carta de base

Portugal Continental, 1849

Fontes

Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Ministério do Reino, Arquivo das Secretarias de Estado, maços 3371 e 3373

Normas de edição e esclarecimentos sobre campos específicos

Normas genéricas

Salvo indicação em contrário, constante destas normas e das notas de freguesia, as informações foram recolhidas na documentação depositada no Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (IAN/TT) acima indicada.

Salvo indicação em contrário, também registada nas notas de freguesia, nos campos numéricos, o algarismo 0 significa ausência de informação na fonte. Se a própria fonte usava o zero ou outra notação (por exemplo, a palavra nada), esse facto foi mencionado nas notas de freguesia.

Há 67 freguesias que estão totalmente em branco. Uma delas corresponde a um concelho completo (Vimieiro, distrito de Évora). Em geral, trata-se de unidades territoriais para as quais não havia qualquer informação na documentação depositada no IAN/TT ou de freguesias cujos dados, nas fontes, estavam agregados a outras e tiveram de permanecer assim, como se explica nas notas de freguesia.

Normas e esclarecimentos sobre campos específicos

Divisão administrativa

As fontes indicam a organização administrativa desde a freguesia até ao distrito. As informações deste censo foram recolhidas numa base de dados pré-existente, estruturada a partir das circunscrições administrativas de 1842, posteriormente alterada de acordo com os mapas do recenseamento.

As diferenças entre os dados que publicamos e os das fontes, quanto à organização administrativa, estão registadas nas notas de freguesia. Referem-se, sobretudo, a um pequeno conjunto de freguesias para as quais havia dados individualizados nas fontes, mas que na nossa base de dados estavam juntas. Para não introduzir alterações na cartografia preferimos mantê-las agregadas e somar os respectivos dados.

Há ainda 3 freguesias que surgem nas fontes, mas que foi de todo impossível identificar. Não foram, por isso, incluídas na base de dados (ver quadro no final destas normas)

Nascimentos, óbitos e casamentos (distrito de Lisboa)

Os dados do movimento da população do distrito de Lisboa dizem respeito ao ano de 1848 e não de 1849.

Campos de totais

A documentação dos distritos de Beja, Porto, Santarém, Viana e Viseu fornece informação sobre o total de habitantes, nascimentos e óbitos. Em Lisboa também surgem dados sobre o total de habitantes; na Guarda (nalguns casos) e em Santarém (sempre) é-nos indicado o total de indivíduos menores de 7 anos de idade; finalmente, na Guarda (em poucos casos), as fontes registam a soma dos maiores de 7 anos. De qualquer forma, estes campos foram calculados pelo computador para todo o país e, quando existia erro, foram corrigidos. No entanto, os valores originais ficaram registados nas notas de freguesia.

O número de total de habitantes nem sempre corresponde à soma de Habitantes H e Habitantes M porque, em 10 freguesias do distrito da Guarda, só se conhece a totalidade da população e não a sua distribuição por sexos.

Observações (freguesia)

Este campo regista as anotações feitas nas próprias fontes por quem preencheu as fichas do recenseamento. Entre [...] estão algumas palavras por nós acrescentadas de forma a facilitar a compreensão do texto.

Notas (freguesia)

Notas por nós elaboradas com o objectivo de permitir ao utilizador o controlo da informação publicada. As notas registam todas as divergências entre os dados publicados e os que constam das fontes, a origem de algumas informações, quando não se trate da documentação original do censo, e esclarecimentos. Os elementos respeitantes a um determinado campo são precedidos do respectivo nome.

No caso do distrito da Guarda, os dados foram recolhidos a partir dos mapas de freguesia. Uma vez que não existia uniformização dos dados entre as freguesias, nem, por vezes, dentro de cada concelho, as notas são neste caso mais complexas do que nos restantes distritos.

Freguesias constantes das fontes, não consideradas
(ver acima, esclarecimentos sobre a divisão administrativa)

Freguesia Concelho Distrito Província
Cacarelhos Mirandela Bragança Trás-os-Montes
Morno Farinha Podre Coimbra Douro
Sª da Encarnação Estremoz Évora Alentejo

Limitações

Não estando ainda elaborada a carta administrativa dos arquipélagos da Madeira e dos Açores para o ano de 1849, não nos é possível, por enquanto, publicar os respectivos dados.

Bibliografia

Silveira, Luís Nuno Espinha da (dir.) - Os Recenseamentos da População Portuguesa de 1801 e 1849. Edição Crítica, Lisboa, Instituto Nacional de Estatística, 2000

Equipa de investigação

Luís Nuno Espinha da Silveira (investigador responsável e cartogramas)
Daniel Ribeiro Alves
Sofia Lucas Martins

 

»» História Política 1847

Carta de base

Portugal Continental, 1842, concelhos.

Fontes

População: recenseamento da população, 1849 (ver Demografia \ Portugal Continental \ Recenseamentos da População \ 1849)

Resultados eleitorais: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Arquivo das Secretarias de Estado, Ministério do Reino, 3ª dir., 2ª Repartição, processo n.º 942.

Bibliografia

Fernandes, Paulo Jorge - As Faces de Proteu. Elites Urbanas e Poder Municipal em Lisboa de Finais do Século XVIII a 1851, Lisboa, Câmara Municipal, 1999

Investigação

Paulo Jorge Fernandes

Cartogramas

Luís Nuno Espinha da Silveira

 

»» Dioceses e Províncias Eclesiásticas 1882

Carta de base

Portugal Continental, 1878, freguesias.

Fontes

Pinto, Sérgio Filipe Ribeiro - Servidores de Deus e funcionários de César. O clero paroquial como "classe" socioprofissional (1882-1917), Lisboa, Doutoramento, FCSH-UNL, 2013

Bibliografia

Pinto, Sérgio Filipe Ribeiro - Servidores de Deus e funcionários de César. O clero paroquial como "classe" socioprofissional (1882-1917), Lisboa, Doutoramento, FCSH-UNL, 2013

Investigação

Sérgio Filipe Ribeiro Pinto

Cartogramas

Daniel Alves